Com influências em Saul Alinsky no (Rules for Radicals) e E.F. Schumacher em (Small Is Beautiful) o desenvolvimento comunitário foi a metodologia escolhida pela ONU para a sua atuação e, em certa medida, para a aplicação do Plano Marshall na Europa com vista à recuperação das pessoas e das comunidades devastadas pela II guerra mundial, através de esforços que pressuponham uma cidadania ativa, mobilizada, empreendedora, inclusiva e transformacional.
Anos volvidos desde esta experiência, aceitamos hoje que a forma mais eficaz de abordar os problemas sociais ou ambientais envolverá inevitavelmente a implementação do mesmo tipo de modelos de empreendedorismo, empowerment, envolvimento e participação comunitária que envolva todos intervenientes e não deixe nenhum para trás “nothing about us without us” termo adaptado do latim “Nihil de nobis, sine nobis” pelos ativistas dos direitos dos deficientes na África do Sul nos anos 90 do século passado. Este modelo é o pressuposto do arrojado plano Marshall apoiado pelas Nações Unidas, em andamento na República da Maurícia na África Austral, que se propõe, nada mais nada menos, do que a erradicar a pobreza extrema no país através de uma abordagem sistémica, inclusiva e assente no empoderamento comunitário, em particular das mulheres e crianças através do apoio e do ativismo da sociedade civil, designadamente, a população mais pobre e carenciada.
Estamos perto do Natal e, como habitual, já decorrem múltiplas ações de solidariedade individual e coletiva, desde a recolha de brinquedos para crianças, a alimentação aos sem abrigo na rua, os passeios de animais dos canis ao fim de semana, porém, a crise pandémica não alterou o paradigma da vida real. Mas o movimento transformers altera-o e em permanência. A proposta é simples: mentorar jovens e seniores em escolas, hospitais, centros de detenção, centros de acolhimento, bairros sociais e centros de ensino especial que escolhem aquilo que querem aprender e como resultado devem apoiar uma solução social através do talento apreendido. O movimento transformers vem trazer uma solução adequada, assertiva e exponencial, isto é, empoderar pessoas para o ativismo, possibilitando a cada um e cada uma de serem “agentes efetivos de mudança”.
Inês é a CEO do Movimento Transformers, formadora no IES, foi Project Manager e Speaker do projeto governamental P80 e mentora na Women in Tech. Tem como formação uma licenciatura em Psicologia do Desporto e mestrado em Desporto Adaptado pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto e está atualmente a frequentar uma formação em Design Thinking pela ISEAD.
É também um dos nomes que compõem a lista do Projeto 100 Oportunidades.
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A nova estratégia da União Europeia 2021-2027 foi recentemente atualizada e representa 1.8 biliões de euros. Esta dotação será o maior pacote alguma vez financiado através do orçamento da União. Numa altura em que a Europa e o mundo estão no vermelho a EU sob a liderança de uma comissão constituída pela primeira vez por metade homens e metade mulheres, decide que a sua Europa pós-COVID-19, será mais verde, mais digital, mais resistente e mais adequada aos desafios atuais e futuros.
Os objetivos estão traçados, com menos de 1% para a defesa externa e segurança, 60% para a promoção da coesão interna e dos seus valores, 7% para ajuda externa humanitária e apoio aos emigrantes e 30%, a segunda maior fatia, para a conversão digital, recursos naturais e ambiente, este último sob a alçada do Just Transintion Fund, em que a união se compromete a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em pelo menos 55 % até 2030 e a alcançar a neutralidade climática até 2050.
Portugal definiu um estratégia de aplicação idêntica e mais do que nunca tem um papel fundamental neste xadrez, com um triângulo marítimo (Continente, Madeira e Açores) que representa 48% da totalidade das águas marinhas sob jurisdição dos estados membros da União Europeia , Portugal tem de conseguir transformar a Europa verde numa Europa também azul.
Os dados estão lançados, mas há muito que pessoas e instituições tem trabalhado para uma agenda de sustentabilidade. Em Portugal um epicentro da congregação de ideias, projetos e pessoas com uma visão ecológica e sustentável, conta com mais de 10 anos a aproximar o tema da ecologia aos cidadãos, pois não existe futuro sustentável sem a consciencialização e mudança individual. Falamos, pois, com Pedro Norton de Matos, responsável por este epicentro chamado Greenfest e cujo lema poderia muito bem ser retirado de Harvey Milk. “O meu nome é Pedro e estou aqui para o/a recrutar”.
A primeira edição do festival teve lugar no Estoril em 2008 e desde então, o GREENFEST consolidou-se como uma plataforma de partilha de ideias, experiências intergeracionais e tendências atuais: contribuindo para uma maior visibilidade de projetos e iniciativas de empresas, instituições e cidadãos que se interessam por um futuro mais equilibrado e próspero.
Em termos profissionais, passou pela Rank Xerox e pela Unisys e ONI ambas enquanto CEO. Foi também administrador não-executivo da Inapa e sócio fundador da MyChange, Gingko e da INCIRCLE e membro do Advisory Board da Oracle Ibérica. É mentor e organizador deste Festival, organizador do Fórum Expresso XXI, sócio fundador da Verde Movimento, é ainda membro da comissão de remunerações da Brisa, do advisory board da Fábrica de Start-ups, consultor estratégico na área de mudança transformacional e de Coaching e vogal de direção da European Profissional Women’s Network. Foi administrador do CDI Portugal e atualmente faz parte do seu Conselho Consultivo.
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