S1E4 | Investigação-Ação e Inclusão | Josélia Neves – HBKU

S1E4 | Investigação-Ação e Inclusão | Josélia Neves – HBKU

Neste episódio falamos sobre inclusão e falar de inclusão implica falar de desenvolvimento, e falar de desenvolvimento significa não só não deixarmos para trás 15% da população mundial, cerca de um bilião de pessoas com algum grau de deficiência segundo dados da UNDP, mas contar com todAs e todOs nas diversas fases do processo do desenvolvimento sustentável, isto é, a inclusão deve significar inovação, empreendedorismo, educação, cidade sustentáveis, cultura, entre outros.
Em Portugal, um milhão e setecentas pessoas têm pelo menos uma incapacidade, quase meio milhão não consegue de todo executar uma ação como ver, ouvir, andar,
compreender os outros ou fazer-se compreender.
Temos números animadores na área da educação. com 99% dAs e dOs alunos com deficiência a frequentarem o ensino regular. Contudo se o desemprego desceu 18,8% para a população em geral, aumentou 26,7% na população com deficiência, segundo o observatório da deficiência e direitos humanos num relatório de 2017.
O risco de pobreza e exclusão é assim experienciado sobretudo em agregados com pessoas com deficiências graves.
Com tantas frases de coaching que surgem no linkedin a dizer que o céu é o limite, esse objetivo continua a depender e muito de onde nascemos, como nascemos.
Tanto estás por fazer e tando está a ser feito. E a nossa convidada é um exemplo do desenvolvimento de soluções concretas para questões reais, do papel das universidades e da investigação nos processos de inclusão e na promoção do desenvolvimento sustentável.
Conversamos pois com, Josélia Neves. licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, Mestre em Estudos Ingleses, desenvolveu a sua tese em Legendagem para Surdos, pela Universidade de SORREY ROI EMPTON em Londres e na Universidade de Aveiro.
Enquanto Professora do Ensino Superior e investigadora, tem liderado vários projetos de investigação-ação em áreas como a televisão, cinema, turismo e educação, com o objetivo de criar condições de acesso a pessoas com deficiência, tornando-se, assim, especialista em Legendagem para surdos, Audiodescrição, Transcriação áudio-táctil e Comunicação multi sensorial.

Fotografia: Marco Santos Marques

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S1E3 | Sociedade Civil e ODS | Mario Parra UN Global Compact – Network Portugal

S1E3 | Sociedade Civil e ODS | Mario Parra UN Global Compact – Network Portugal

No episódio 1 deste podcast conversámos sobre movimentos cívicos e a sua capacidade de influenciar políticas públicas e mudanças sociais diretas.

Um estudo de abril de 2019 identifica um conjunto de circunstâncias pelas quais, o empobrecimento da sociedade civil, dos quais os movimentos cívicos fazem parte, poderá impedir o alcance dos objetivos do desenvolvimento sustentável.

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável compromete-se a “não deixar ninguém para trás” e a “chegar aos mais vulneráveis primeiro” e são estes que são mais suscetíveis de serem afetados por um espaço cívico diminuído. Sabemos e o estudo vem confirmar que uma sociedade civil fraca gera políticas e práticas de desenvolvimento mais desiguais e excludentes, com um risco significativo de deixar não só os mais vulneráveis para trás, mas também de promover a sua desapropriação, perda de direitos e voz. fundamentais em relação ao processo de desenvolvimento.

Uma recomendação global fundamental para os governos que esperam obter legitimidade de desempenho, alcançando os ODS, é assim, aceitar que não existem alternativas realistas à construção de parcerias construtivas com a sociedade civil, e que é do seu interesse faze-lo, particularmente nos objetivos que se focam nas questões sociais e ambientais (1, 2, 5, 8, 10, 11 e 15) pois estes não assentam, à partida, em modelos diretos de geração de riqueza, embora esse paradigma tende a mudar, como falámos no episódio anterior.

Para nos ajudar a refletir sobre este tema convidámos Mário Parra da Silva, empreendedor, gestor, consultor, formador e ativista, Mário é fundador e presidente da Associação Portuguesa de Ética Empresarial, liderou a delegação portuguesa que participou no grupo de trabalho que elaborou a norma internacional ISO 26000, é Presidente da UN Global Compact Network Portugal e da Aliança para os ODS Portugal. Empresário na área da Saúde e Turismo, é também membro dos Corpos Sociais da CCP – Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, Consul Honorário da República da Croácia e ainda autor e co-autor de diversas obras relacionas com a ética empresarial.

Fotografia: Marco Santos Marques

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S1E2 | Investimento de Impacto | Luís Jerónimo Fundação Calouste Gulbenkian

S1E2 | Investimento de Impacto | Luís Jerónimo Fundação Calouste Gulbenkian

Para nos ajudar a refletir sobre “Investimento de Impacto”, convidámos Luís Jerónimo.

Licenciado em Filosofia e Diretor do Programa Gulbenkian Coesão e Integração Social desde janeiro de 2019. Luís integra a Fundação Calouste Gulbenkian desde 2006, tendo trabalhado entre 2009 e 2010 na Delegação do Reino Unido desta Fundação.

Foi gestor de projetos e Diretor Adjunto do Programa Gulbenkian Desenvolvimento Humano, coordenando iniciativas na área da inovação social e do investimento de impacto. É atualmente membro do Board of Directors da European Venture Philanthropy Association e Administrador não executivo da MAZE, uma startup dedicada ao investimento de impacto criada pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Atualmente começamos a ouvir falar de investimentos de impacto:

o G8 criou a Social Impact Investment Task Force para potenciar o desenvolvimento do mercado de investimentos de impacto social;
o banco JP Morgan identificou o investimento de impacto como uma nova classe de ativos que representa uma oportunidade mundial de investimentos na ordem dos 400 biliões a 1 trilião de dólares, particularmente nos setores da habitação, saúde, educação e serviços financeiros.
Em Portugal, o recém-criado FIS (Fundo para a Inovação Social) prevê um investimento público de 55 milhões de euros destinado ao investimento social e a facilitar o acesso a financiamento por parte de organizações sociais (como o apoio a crianças ou idosos, a promoção da cultura, do ambiente e o apoio à integração de imigrantes).
O investimento de impacto tem muitas designações que, independentemente da sua terminologia, é visto como um importante passo para a criação de formas inovadoras de responder às necessidades sociais e ambientais, ao mesmo tempo que gera retorno financeiro.

Pode assim, incluir resultados double e triple-bottom line; investimentos relacionados com a missão de uma organização ou de um programa; o financiamento social (Emerson e Bonini 2003; Godeke e Pmares 2009; Monitor Report 2009) e o blended value.

O “blended value”, articulado pela primeira vez por Jed Emerson, no início do ano 2000, declara ‘que todas as organizações, com ou sem fins lucrativos, criam valor económico, social e ambiental – e que os investidores (no mercado normal, no mercado controlado ou um mix dos dois) geram simultaneamente as três formas de valor através do fornecimento de capital para as organizações’ (Emerson e Bonini 2003). Compreender o conceito de blended value é a chave para entender as implicações do investimento de impacto para os investidores de capital e os seus destinatários.

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S1E1 | Movimentos Cívicos | Quebr’a Corrente

S1E1 | Movimentos Cívicos | Quebr’a Corrente

Tânia Mesquita, consultora empresarial em sustentabilidade e ativista dos direitos dos animais. É fundadora deste movimento. Vanessa Arrobas, advogada e pós graduada em direito animal, membro do Quebra a Corrente. 
 
O quebra a corrente é um movimento cívico comprometido em acabar com o acorrentamento de cães. Desde 2018 que mobiliza dezenas de pessoas em Portugal para quebrar as correntes. É um projeto simples, de mudança sistémica e de alcance nacional.
Para libertar cães acorrentados, a solução é simples: vedar espaços com a ajuda de voluntários e em colaboração com os tutores dos animais.
 
Através de campanhas de fundraising compra-se o material de vedação e delimita-se uma área exterior para libertar o animal. De tão simples que este projeto é, consegue expandir-se numa miríade de teias interligadas não aparentes à vista desarmada.
 
Num país pouco habituado à acção de uma sociedade civil não formal, a la toqueville, este movimento é diferente.
 
O quebra a corrente muda a vida de cada cão acorrentado, mas muda muito mais do que isso. Oferece a oportunidade a quem detém um animal de companhia de lhe proporcionar uma vida digna, de promover novos laços que a própria noção de liberdade proporciona, de oferecer aos voluntários a possibilidade de participarem num processo transformativo. Ao movimento, sobretudo animal, de perceber que todos, até os mais imprevisíveis, podem fazer parte da solução, e mais importante que tudo, o quebra a corrente oferece uma solução eficaz e tangível para um problema.
 
Precisamente por isso quisemos começar com elas, para aprendermos e compreendermos que traços podemos transpor para questões mais profundas e genericamente mais difíceis de resolver.

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Introdução às Conversas com impacto

Introdução às Conversas com impacto

Conversas com impacto é o primeiro podcast português dedicado à inovação e ao impacto social.

Quando decidimos dedicar-nos exclusivamente à responsabilidade social em 2011, queríamos alterar a realidade disponível na altura.
Por um lado inserir as empresas enquanto players na mudança social, e por outro tornar as organizações integráveis no tecido empresarial português.

A tarefa hoje está mais facilitada com o boom da responsabilidade social. Através de novos enquadramentos legais, certificações na matéria e especialmente com a definição de métricas mundiais: os Objetivos do desenvolvimento sustentável das Nações Unidas,

que pressupõem a construção de parcerias entre organizações, empresas, instituições do estado e a sociedade civil.

Hoje sentamo-nos com empresas numa sala de reuniões de um vigésimo andar e discutimos sobre educação, energia limpa, igualdade de género e desenvolvimento comunitário.

Contudo sentimos que faltam definir métricas, aumentar o impacto, prever o futuro …

Assim nasce as conversas com impacto.

Mensalmente conversamos com decisores políticos, agentes de mudança, practicioners, empreendedores e líderes comunitários, que partilham connosco ideias e experiências sobre a criação de mudanças sociais e ambientais positivas.

Oiça-nos no itunes, soundcloud, google cast ou spotify e apoie este projeto através de patrion.com/conversascomimpacto ou https://conversascomimpacto.pt

Subscreva este podcast, e maximize o seu impacto!

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