Tânia Mesquita, consultora empresarial em sustentabilidade e ativista dos direitos dos animais. É fundadora deste movimento. Vanessa Arrobas, advogada e pós graduada em direito animal, membro do Quebra a Corrente.
O quebra a corrente é um movimento cívico comprometido em acabar com o acorrentamento de cães. Desde 2018 que mobiliza dezenas de pessoas em Portugal para quebrar as correntes. É um projeto simples, de mudança sistémica e de alcance nacional.
Para libertar cães acorrentados, a solução é simples: vedar espaços com a ajuda de voluntários e em colaboração com os tutores dos animais.
Através de campanhas de fundraising compra-se o material de vedação e delimita-se uma área exterior para libertar o animal. De tão simples que este projeto é, consegue expandir-se numa miríade de teias interligadas não aparentes à vista desarmada.
Num país pouco habituado à acção de uma sociedade civil não formal, a la toqueville, este movimento é diferente.
O quebra a corrente muda a vida de cada cão acorrentado, mas muda muito mais do que isso. Oferece a oportunidade a quem detém um animal de companhia de lhe proporcionar uma vida digna, de promover novos laços que a própria noção de liberdade proporciona, de oferecer aos voluntários a possibilidade de participarem num processo transformativo. Ao movimento, sobretudo animal, de perceber que todos, até os mais imprevisíveis, podem fazer parte da solução, e mais importante que tudo, o quebra a corrente oferece uma solução eficaz e tangível para um problema.
Precisamente por isso quisemos começar com elas, para aprendermos e compreendermos que traços podemos transpor para questões mais profundas e genericamente mais difíceis de resolver.
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