A nova estratégia da União Europeia 2021-2027 foi recentemente atualizada e representa 1.8 biliões de euros. Esta dotação será o maior pacote alguma vez financiado através do orçamento da União. Numa altura em que a Europa e o mundo estão no vermelho a EU sob a liderança de uma comissão constituída pela primeira vez por metade homens e metade mulheres, decide que a sua Europa pós-COVID-19, será mais verde, mais digital, mais resistente e mais adequada aos desafios atuais e futuros.
Os objetivos estão traçados, com menos de 1% para a defesa externa e segurança, 60% para a promoção da coesão interna e dos seus valores, 7% para ajuda externa humanitária e apoio aos emigrantes e 30%, a segunda maior fatia, para a conversão digital, recursos naturais e ambiente, este último sob a alçada do Just Transintion Fund, em que a união se compromete a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em pelo menos 55 % até 2030 e a alcançar a neutralidade climática até 2050.
Portugal definiu um estratégia de aplicação idêntica e mais do que nunca tem um papel fundamental neste xadrez, com um triângulo marítimo (Continente, Madeira e Açores) que representa 48% da totalidade das águas marinhas sob jurisdição dos estados membros da União Europeia , Portugal tem de conseguir transformar a Europa verde numa Europa também azul.
Os dados estão lançados, mas há muito que pessoas e instituições tem trabalhado para uma agenda de sustentabilidade. Em Portugal um epicentro da congregação de ideias, projetos e pessoas com uma visão ecológica e sustentável, conta com mais de 10 anos a aproximar o tema da ecologia aos cidadãos, pois não existe futuro sustentável sem a consciencialização e mudança individual. Falamos, pois, com Pedro Norton de Matos, responsável por este epicentro chamado Greenfest e cujo lema poderia muito bem ser retirado de Harvey Milk. “O meu nome é Pedro e estou aqui para o/a recrutar”.
A primeira edição do festival teve lugar no Estoril em 2008 e desde então, o GREENFEST consolidou-se como uma plataforma de partilha de ideias, experiências intergeracionais e tendências atuais: contribuindo para uma maior visibilidade de projetos e iniciativas de empresas, instituições e cidadãos que se interessam por um futuro mais equilibrado e próspero.
Em termos profissionais, passou pela Rank Xerox e pela Unisys e ONI ambas enquanto CEO. Foi também administrador não-executivo da Inapa e sócio fundador da MyChange, Gingko e da INCIRCLE e membro do Advisory Board da Oracle Ibérica. É mentor e organizador deste Festival, organizador do Fórum Expresso XXI, sócio fundador da Verde Movimento, é ainda membro da comissão de remunerações da Brisa, do advisory board da Fábrica de Start-ups, consultor estratégico na área de mudança transformacional e de Coaching e vogal de direção da European Profissional Women’s Network. Foi administrador do CDI Portugal e atualmente faz parte do seu Conselho Consultivo.
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